Duplicar a oferta de opções sem carne, peixe ou qualquer ingrediente de origem animal diminuiu o consumo de carne em três cantinas de Cambridge. Sem afectar as vendas — e sem afastar os “carnívoros”. “Parece óbvio, mas nem sempre as soluções que parecem óbvias resultam. Esta sim”, diz a autora do estudo.
Emma Garnett tem vindo a estudar estratégias de intervenção para diminuir o impacto ambiental nas dietas alimentares. A doutoranda inglesa acaba de publicar um estudo onde mostra que duplicar as opções de refeições à base de plantas, passando de uma em quatro para metade da oferta total, levou a uma diminuição da escolha de refeições ricas em carne entre 40% a 80%, em três cantinas das faculdades de Cambridge, sem afectar o volume geral de vendas. “Uma das coisas mais encorajadoras dos nossos resultados é a grande mudança no que as pessoas escolhem apenas ao expandir as opções vegetarianas”, analisa, em entrevista ao P3. “Soluções que parecem óbvias nem sempre funcionam, mas esta parece que sim.”
Antes do doutoramento na universidade inglesa, Emma Garnett escolheu Coimbra para fazer os primeiros três meses do Mestrado Europeu em Ecologia Aplicada, ao abrigo de um Erasmus Mundus que a levou a cinco países diferentes, em 2012. Quando lhe contamos a decisão do reitor da Universidade de Coimbra de eliminar a carne de vaca das cantinas das faculdades, a partir de Janeiro de 2020, a doutoranda regozija. “As universidades estão cada vez mais na linha da frente no que toca a providenciar opções baseadas em plantas, que são deliciosas e acessíveis, facilitando a escolha de uma dieta mais sustentável”, diz.
Para ler a notícia completa, visite a página do Público.
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